19 fevereiro, 2007

Ornitorrinco Mestre-Sala

O carnaval é uma época engaçada. Enquanto o mundo está de cabeça para baixo, coisas explodindo aqui e "acula", em uma época em que morrer menos que quinhentas pessoas não é tragédia, em um mundo onde há uma mobilização infinitamente maior por parte de pessoas que acham o máximo fazer uma passeata enorme, onde comemoram o ato de ser homossexual, em vez de irem protestar contra mensalões e violência urbana; chega à época do carnaval e é impressionante como conseguem colocar tudo de lado.


Enquanto vivemos em uma sociedade onde os valores humanos significam a mesma coisa que nada, vejo uma sociedade onde a hipocrisia social impera, os valores familiares estão totalmente degradados, ninguém respeita mais o limite onde inicia a vida de outro indivíduo e ainda por cima temos meios de comunicação que banalizam cenas imensuráveis como se fossem as coisas mais naturais do mundo.

É mais importante um Pan do que as milhares de vida que são perdidas em hospitais mal equipados e sucateados devido à falta de verba, enquanto que para um evento que em nada melhorará a vida da população, sequer em infra-estrutura, abunda dinheiro fácil. Prefiro nem entrar na questão para onde vai todo esse dinheiro...

E está lá, grande parcela da população comemorando o carnaval, nem aí para isso. É mais fácil e "gostoso" ficar lá sassaricando no meio de algúm bloco do que ir se mobilizar para mudar algo.

É o verdadeiro "pão e circo" romano em uma versão pálida tupiniquim.

Ou, talvez, todo esse quadro seja natural e eu esteja errado por ter tido uma criação antiquada, saca?! ¬¬

Secret Chiefs 3 - Book of Horizons - 2004

Lista de músicas:

1. The End Times (4:58); 2. The 4 (Great Ishraqi Sun) (3:36); 3. The Indestructible Drop (1:09); 4. Exterminating Angel (3:14); 5. The Owl in Daylight (3:58); 6. The Exile (3:06); 7. On the Wings of the Haoma (5:08); 8. Book T: Exodus (3:56); 9. Hypostasis of the Archons (4:20); 10. The Electrotheonic Grail Dove (0:44); 11. The 3 (4:00); 12. DJ Revisionist (4:06); 13. Anthropomorphosis: Boxleitner (5:23); 14. Welcome to the Theatron Animatronique (5:11).

Tempo total: 52:26

A banda:

-Trey Spruance / rabab, saz, bass, sitar guitar, clavinet, synth, add'l daf, electric and acoustic piano, organ, vocals, antur, electric guitar, banjo, tack piano, keyboards, soundscapes, cheng, shakers, dumbeks, microtonal guitar, extra percussion, tambourines, foley sounds and electoacoustic treatments
- Shahzad Ismaily / percussion (dhol, mridangam, ghatam, zil, etc)
- Eyving Kang / viola
- Rich Doucette / esraj, saranji
- Danny Heifetz / drums
- Kevin Kmetz / shamaisen
- Timb Harris / violin, viola
- Fatima / santur
- Tim Smolens - bass
- William Winant / Chinese and Tibatan gongs, percussion (marimba, glockenspiel, timpani, tube bells, cymbals, bass & snare drums, shakers, tablas, gongs, timpani, etc)
- Jennifer Cass / harp
- Jesse Greere / vocals
- Ches Smith / drums
- Ursula Knudson / bowed saw
- Jason Schimmel / acoutsic guitar
- Unhuman / vocals
- John Merriman / drums
- Jesse Quattro / vocals
- Kessica Kinney / vocals
- The Enemy / guitars, bass, samples

Bem, esse é um disco um tanto quanto difícil de descrever. Ele não se encaixa na essência clássica do que viria a ser o progressivo, mas é interessante ver que nesse álbum sobram influências de Indian music, Psychedelick rock, Movie music e Death metal, tudo junto. Desse ponto de vista ser considerado um disco progressivo moderno, onde várias influências são tomadas.

Como se pode ver pelo cast do disco há “N” instrumentos bem presentes no disco e que dá uma riqueza a mais, além de é claro, criar uma sensação única em cada música. Tenho de dizer que a música Book T: Exodus é uma das melhores coisas que já ouvi na vida. São fantásticos os arranjos feitos nessa baita música instrumental.

Este é um álbum para pessoas que estão interessadas em escutar uma nova experiência musical. Se você for ainda fã de Mr. Bungle vai se sentir em casa.

Espero que gostem. ;)

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