07 março, 2011

Ornitorrinco Macarroni

Pois é! Cá estou eu de novo. A falta do que fazer no carnaval aparentemente faz milagres. Enquanto nosso colaborar Xaveco Biba fica indo para os blocos high society eu fico aqui movimentando este blog. Enfim, vamos ao trabalho.

Conqueror - 74 Giorni - 2007

Lista de músicas:
1. Maschere di Uomini (5:59), 2. Il Viaggio (3:06), 3. Orca (5:02), 4. Limbo (3:02), 5. Non Maturi per l'Adilà (5:45), 6. Cormorani (1:19)
7. L'ora del Parlare (5:48), 8. Preghiera (4:22), 9. Miraggi (2:20), 10. Nebbia ad Occhi Chiusi (9:32), 11. Eleutherios (6:31), 12. Master Stefanos (5:55), 13. Cambio di Rotta (5:12).
Tempo total: 64:10

A banda:
- Teclados/Vocal - Simona Rigano
- Guitarra - Tino Nastasi
- Sax/Flauta - Sabrina Rigano 
- Baixo - Daniele Bambino
- Bateria/Percurssão - Natale Russo

Este é o terceiro disco dessa italianíssima banda, vinda diretamente da Sicilia. Eu não ouvi aos seus trabalhos anteriores, assim não poderei dar uma análise comparativa mais crítica. Contudo, posso adiantar que este é sem dúvidas um trabalho extremamente sólido e de altíssima qualidade.

Conceitualmente, este disco trata da aventura do jornalista, apresentador de televisão e famoso aventureiro italiano Ambrogio Fogar e o seu amigo, o jornalista Mauro Mancini, os quais em 1978 tentaram contornar a Antártida em um navio batizado de "Surpresa". Infelizmente, uma Orca causou o naufrágio de seu navio, quando estes estavam próximo as Ilhas Malvinas. Esse dois amigos, então, ficaram a deriva durante 74 dias em um pequeno barco. Finalmente, um barco estava velejando próximo de onde eles se encontravam e os resgatara. A despeito disso, dois dias depois, Mauro Mancini veio a falecer de um problema pulmonar.

Este é o fascinante e triste conceito pelo qual todas as músicas deste disco são baseadas. Musicalmente se falando, este album é bastante inspirado. Contudo, sua veia progressiva só fica mais evidente da quinta música em diante, após uma longa introdução (muito boa diga-se de passagem) feita de um pop-prog melódico. Vale ressaltar os belíssimos vocais femininos empreendidos pela Simona Rigano e a alternância entre saxofones, sintetizadores e flautas, tornando as músicas bastante melódicas.

Aí vai mais um disco para se curtir nesse carnaval. A pergunta que fica é porque estou aqui, postando neste blog que ninguém lê, em vez de estar em um bloco pulando com uma lata de Itaipava na mão, saca? ¬¬